Após decidirem que a cooperativa seria realmente sobre costura, as mulheres da comunidade iniciaram, então, a luta por recursos financeiros. Através de recursos oferecidos pela Prefeitura de Nova Lima se instalou no centro da cidade um curso de capacitação e qualificação gratuito. Além de ceder o espaço e as máquinas, a prefeitura também arcou com os custos do transporte, pois o local era distante da comunidade.
20 mulheres iniciaram o curso, e 13 chegaram a formar-se costureiras. Depois de formadas a batalha seguinte era conseguir montar a oficina de costura. A prefeitura, novamente, ajudou com o aluguel de um galpão, porém desta vez se procurou, para beneficiar a comunidade, um local dentro do próprio bairro. Algumas mulheres tinham máquinas de costura própria, entretanto, a qualidade dessas não era satisfatória para o mercado.
Mais uma vez recorreram à Prefeitura em busca de equipamentos com melhor qualidade, todavia, era ano eleitoral e o Prefeito, Vitor Penido, que havia apoiado a empreitada, perdeu a eleição. No dia da posse do novo Prefeito, Carlos Rodrigues, as costureiras foram até lá reivindicar máquinas de costura. O Prefeito nem as atendeu.
Depois de algumas tentativas mal sucedidas de conversar com o Prefeito, algumas mulheres começaram a desistir. Algum tempo depois com muita persistência, as costureiras conseguiram com a Prefeitura, além do galpão para oficina, 30 máquinas de costura e ainda arca com as despesas mensais de luz, água e telefone.
Porém, sem explicação recolheu cerca de 17 máquinas, justamente as que faziam os trabalhos mais elaborados. A maioria dos trabalhos feitos por elas é de costuras simples como caminho de mesa, porta copos, acabamentos etc.
Atualmente a cooperativa conta com 13 cooperadas, com idade entre 34 à 62 anos.
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